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Um guia sobre o uso de tecnologias em sala de aula


Um painel para todas as disciplinas mostra quando - e como - as novas ferramentas são imprescindíveis para a turma avançar

TICs, tecnologias da informação e comunicação. Cada vez mais, parece impossível imaginar a vida sem essas letrinhas. Entre os professores, a disseminação de computadores, internet, celulares, câmeras digitais, e-mails, mensagens instantâneas, banda larga e uma infinidade de engenhocas da modernidade provoca reações variadas. Qual destes sentimentos mais combina com o seu: expectativa pela chegada de novos recursos? Empolgação com as possibilidades que se abrem? Temor de que eles tomem seu lugar? Desconfiança quanto ao potencial prometido? Ou, quem sabe, uma sensação de impotência por não saber utilizá-los ou por conhecê-los menos do que os próprios alunos?
Se você se identificou com mais de uma alternativa, não se preocupe. Por ser relativamente nova, a relação entre a tecnologia e a escola ainda é bastante confusa e conflituosa. NOVA ESCOLA quer ajudar a pôr ordem na bagunça buscando respostas a duas questões cruciais. A primeira delas: quando usar a tecnologia em sala de aula? A segunda: como utilizar esses novos recursos?
Dá para responder à pergunta inicial estabelecendo, de cara, um critério: só vale levar a tecnologia para a classe se ela estiver a serviço dos conteúdos. Isso exclui, por exemplo, as apresentações em Power Point que apenas tornam as aulas mais divertidas (ou não!), os jogos de computador que só entretêm as crianças ou aqueles vídeos que simplesmente cobrem buracos de um planejamento malfeito. "Do ponto de vista do aprendizado, essas ferramentas devem colaborar para trabalhar conteúdos que muitas vezes nem poderiam ser ensinados sem elas", afirma Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de NOVA ESCOLA.
Da soma entre tecnologia e conteúdos, nascem oportunidades de ensino - essa união caracteriza as ilustrações desta reportagem. Mas é preciso avaliar se as oportunidades são significativas. Isso acontece, por exemplo, quando as TICs cooperam para enfrentar desafios atuais, como encontrar informações na internet e se localizar em um mapa virtual. "A tecnologia tem um papel importante no desenvolvimento de habilidades para atuar no mundo de hoje", afirma Marcia Padilha Lotito, coordenadora da área de inovação educativa da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI). Em outros casos, porém, ela é dispensável. Não faz sentido, por exemplo, ver o crescimento de uma semente numa animação se podemos ter a experiência real.
As dúvidas sobre o melhor jeito de usar as tecnologias são respondidas nas próximas páginas. Existem recomendações gerais para utilizar os recursos em sala (veja os quadros com dicas ao longo da reportagem). Mas os resultados são melhores quando é considerada a didática específica de cada área. Com o auxílio de 17 especialistas, construímos um painel com todas as disciplinas do Ensino Fundamental. Juntos, teoria, cinco casos reais e oito planos de aula (três na revista e cinco no site) ajudam a mostrar quando - e como - computadores, internet, celulares e companhia são fundamentais para aprender mais e melhor.

Nove dicas para usar bem a tecnologia

O INÍCIO Se você quer utilizar a tecnologia em sala, comece investigando o potencial das ferramentas digitais. Uma boa estratégia é apoiar-se nas experiências bem-sucedidas de colegas.

O CURRÍCULO No planejamento anual, avalie quais conteúdos são mais bem abordados com a tecnologia e quais novas aprendizagens, necessárias ao mundo de hoje, podem ser inseridas.

O FUNDAMENTAL Familiarize-se com o básico do computador e da internet. Conhecer processadores de texto, correio eletrônico e mecanismo de busca faz parte do cardápio mínimo.

O ESPECÍFICO Antes de iniciar a atividade em sala, certifique-se de que você compreende as funções elementares dos aparelhos e aplicativos que pretende usar na aula.

A AMPLIAÇÃO Para avançar no uso pedagógico das TICs, cursos como os oferecidos pelo Proinfo (programa de inclusão digital do MEC) são boas opções.

O AUTODIDATISMO A internet também ajuda na aquisição de conhecimentos técnicos. Procure os tutoriais, textos que explicam passo a passo o funcionamento de programas e recursos.

A RESPONSABILIDADE Ajude a turma a refletir sobre o conteúdo de blogs e fotologs. Debata qual o nível de exposição adequado, lembrando que cada um é responsável por aquilo que publica.

A SEGURANÇA Discutir precauções no uso da internet é essencial, sobretudo na comunicação online. Leve para a classe textos que orientem a turma para uma navegação segura.

A PARCERIA Em caso de dúvidas sobre a tecnologia, vale recorrer aos próprios alunos. A parceria não é sinal de fraqueza: dominando o saber em sua área, você seguirá respeitado pela turma.

Fontes: Adriano Canabarro Teixeira, especialista de Educação e tecnologia da UFRGS, Maria de Los Dolores Jimenez Peña, professora de Novas Tecnologias Aplicadas à Educação Da Universidade Mackenzie, e Roberta Bento, diretora da Planeta Educação.

A ROTINA DA CRIANÇA


O que é a rotina?

“Rotina se refere aos horários definidos para a realização das diversas atividades que a criança deve cumprir a cada dia. Sua organização supõe a distribuição dos horários para os estudos. Assim, é importante que os horários estejam claramente estabelecidos: hora de ir à escola, de comer, de estudar em casa, de realizar atividades como brincar e assistir à TV etc. A agenda diária e semanal deve estar sempre disponível para ser consultada pela criança: um cartaz grande e colorido em geral é uma boa estratégia. […]Os finais de semana também devem ser incluídos na agenda, tomando-se o cuidado para que haja períodos longos em que a criança possa ter liberdade para escolher que atividade realizar.” (SOARES; SOUZA; MARINHO, 2004).


A importância da rotina:

Formação de hábitos: Seguir uma rotina é uma forma eficiente de se formar um hábito.
- A rotina é tão importante que é usada em tratamentos psicoterápicos (BARBOSA; MELO; REGO; CRISTIANINI, 2001).
- Castigos e agressões não serão necessários para tentar mudar um comportamento inadequado caso a criança tenha aprendido bons hábitos desde pequena.
- Exemplo (hábito de estudar): “Sem orientação adequada e com pouco tempo, alguns pais acabam usando de práticas coercivas (agressões físicas e castigos) para tentar mudar o comportamento da criança em relação aos estudos.” (SOARES; SOUZA; MARINHO, 2004).


Como estabelecer a rotina?

1. Estabelecer as atividades prioritárias, e o tempo necessário para executá-las.

2. As atividades secundárias devem ser deixadas para depois das prioritárias, mas deve haver tempo para elas também.

3. Sempre que possível, deve-se incentivar a convivência familiar durante as refeições, as atividades escolares, ao assistir à TV etc. Esses momentos passados juntos devem ser prazerosos. Ficar fisicamente próximo à criança durante seus momentos de execução de tarefas contribui para que este horário seja agradável e não solitário.

4. As crianças aprendem muito rapidamente observando os adultos. Se os pais estabelecem também uma rotina para si, deixam-na exposta (em um cartaz, por exemplo) e a cumprem, poderão ajudar seus filhos servindo como modelo de responsabilidade e autocontrole. Além disso, crianças que vêem seus pais realizando atividades similares às suas aprendem que essas são valorizadas pela família e passam a valorizá-las também. Lembre-se, uma das formas pela qual as crianças aprendem é através de modelos!

5. Uma agenda sobrecarregada de atividades é uma condição que dificulta o estabelecimento de uma rotina infantil saudável. Atividades como aula de dança, de inglês, de música etc. devem ser motivadoras para a criança e não uma carga imposta. Para tanto, os pais devem envolvê-la na escolha de atividades opcionais, incentivá-la e devem participar e respeitar suas escolhas. A criança tem o direito de poder errar ao fazer sua opção, pois o momento de errar é esse; assim ela poderá descobrir o que mais gosta de fazer.


Referências:

SOARES, M. R. Z.; SOUZA, S. R. de; MARINHO, M. L. Envolvimento dos pais: incentivo à habilidade de estudo em crianças. Estud. psicol. (Campinas), dez. 2004, vol.21, no.3, p.253-260.

BARBOSA, A. R.; MELO, A. F. de; REGO, F. S.; CRISTIANINI, M. C.; Estresse – Uma proposta de intervenção. IV Jornada Científica AVAPE, 2001.


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Aos pais:

É natural que as crianças tenham algumas dificuldades em interiorizar as horas, em particular quando não têm as rotinas adquiridas (as rotinas são aquelas tarefas que fazemos quase diariamente e sensivelmente à mesma hora, como por exemplo, tomar banho antes de jantar, comer quase sempre à mesma hora, …).
As rotinas ensinam à criança a noção da passagem do tempo e o que é esperado acontecer em cada altura do dia. Transmitem segurança (tal como as regras, mas estas deixamos para outra história).


Pesquisado em:

Acesso em: 18/02/2010 às 10h45min.

Analisando as Diretrizes Municipais de Educação, os professores orientadores das mesas pedagógicas optaram por começar o ano com o conteúdo de História, tema - 'Cotidiano da criança: organização da vida diária'. Desta forma, o trabalhado será desenvolvido acerca da rotina da criança e estabelecerá uma relação com a utilização e cuidados com o computador.
Serão postadas algumas experiencias, sugestões de atividades e bibliografias a respeito dos diversos temas que trabalharemos durante o ano.

Este blog tem por finalidade acompanhar os trabalhos desenvolvidos junto ao Centro de Formação Continuada, bem como tornar-se um meio onde todos os participantes possam inteirar-se dos acontecimentos, avaliá-los, enviar sugestões e/ou críticas, para que possamos estar em constante aperfeiçoamento.
Desta forma, desejamos a todos bons momentos em nosso espaço e  sejam bem vindos!