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Neste post vou relatar algumas atividades que já desenvolvi em sala de aula com alunos público alvo da educação especial inclusos no ensino regular.
A primeira atividade foi desenvolvida com uma turma de 2°ano, onde tinha 26 alunos, sendo que, 2 eram deficientes intelectuais.
A segunda atividade foi desenvolvida com uma turma de 3° ano, onde tinha 28 alunos, sendo 1 autista.
As práticas permitiram a socialização entre todos os alunos e despertaram atitudes de respeito entre eles.



ATIVIDADE – JOGO: FAÇA 10

TEMA: Operações Aritméticas Fundamentais

OBJETIVOS:
·                      Conseguir o maior número de cartas,
·         Utilizar-se da linguagem oral, percepção, atenção e raciocínio lógico diante de situações problemas propostas no jogo.
·             Promover a socialização entre os educandos. 

CONTEÚDO:
·         Adição

DESENVOLVIMENTO:
·         A professora propôs uma atividade diferenciada durante a aula de matemática. Ela levou para seus aluno alguns baralhos.
·         Num primeiro momento, a turma foi divida em grupo de 3 e 4 crianças. Logo em seguida foi entregue para cada grupo um baralho com as cartas de ÀS a 9 . As crianças puderam manipular o material livremente afim de, explorarem suas características principais. Com o auxílio da professora eles puderam perceber as minuciosidades do material.
·         Logo em seguida a professora levantou uma série de perguntas, tais como:
___ O que é possível fazer com este material?
___ Quem o conhece? Quem já utilizou cartas de baralho?
___ O que vocês puderam perceber neste material?
___ Do que ele é feito? Quais suas características principais?
___ Para que serve? Alguém saberia explicar alguma coisa que seria possível fazer com ele?
·         Na sequencia, foi proposto que a turma brincasse com o baralho da forma que eles conheciam.
·         No término deste período, a professora explicou que a turma iria brincar com um jogo com as cartas. Foi apresentado os objetivos desta atividade e explicado suas regras.
·         Para que as regras fossem respeitadas, a professora sugestionou que a turma criasse um quadro com regras deste jogo, desde não fugissem da atividade proposta.
·         As regras foram abordados coletivamente e a professora registrou-as no quadro. A leitura, releitura e interpretação das mesmas foram realizadas.
·         A partir desta etapa, as crianças puderam começar o jogo com cartas.
·         O objetivo colocado foi que ganharia o jogo aquele que tivesse o maior números de cartas, obtido com a soma das cartas apresentadas na mesa, desde que o resultado fosse 10. Ou seja, o baralho foi dividido -pelas crianças - igualmente para os 4 integrantes do grupo. As cartas deveriam ficar em um monte, viradas para baixo em cima da mesa de forma que ninguém pudesse ver qual seria a próxima carta.
O primeiro jogador viraria uma carta e a deixaria no centro da mesa. O segundo jogador viraria mais uma e, observaria se a soma de sua carta e da outra que se encontrava na mesa daria como resultado 10. Se sim, ele pegaria as cartas que foram possível somar e passaria a vez. Se não, ele passaria a vez deixando sua carta sobre a mesa. O próximo jogador viraria mais uma carta e verificaria se seria possível realizar uma soma em que o resultado fosse 10 com as cartas que estavam sobre a mesa. E assim por diante. Toda vez que um jogador verificasse que seria possível somar 10 com as cartas da mesa, ele ganharia as mesmas. O jogo terminaria quando as cartas de um jogador terminassem.  Não esquecendo que a carta ÀS tem valor igual a 1. No final, todos os participantes restantes contariam suas cartas e anotariam em uma folha de sulfite com os nomes e resultados de cada participante. Quem tivesse mais cartas, seria o vencedor.
·         Depois de realizada algumas vezes o jogo e os resultados anotados, a professora solicitou que as crianças observassem seus registros afim de identificar o maior números de cartas que alguém obteve. Também foi solicitado que eles identificassem resultados iguais, menor números de cartas,  soma dos resultados e até que colocassem os números de sua pontuação em ordem crescente ou decrescente.
·         A partir destes registros foram elaboradas diversas atividades como estas, afim de proporcionar o reconhecimento e experimento com os números.
·         Foi solicitado também que as crianças sugestionassem outras maneiras de trabalhar com o baralho envolvendo os conteúdos abordados em sala de aula.
·         Ao término, a professora solicitou que eles registrassem o momento do jogo, do estabelecimento das regras, da verificação dos resultados em forma de desenhos.
·         A partir do momento que a professora percebeu que o desafio proposto foi alcançado ela propôs novos desafios, tais como faça 15, faça 20 e etc.

CONCLUSÕES/ RESULTADOS

Com a realização da atividade acima descrita, verifiquei que os objetivos propostos foram alcançados e até novos objetivos foram propostos e atingidos.
Percebi que o interesse da turma pelo jogo, proporcionou gratificantes momentos de aprendizagem e troca entre os alunos e professor. Novos conhecimentos foram construídos e adquiridos de forma prazerosa.
As crianças envolveram-se de tal maneira com a atividade que verifiquei a facilidade de envolver a turma com o tema proposto e abordá-lo de uma forma diferente. As crianças realizaram cálculos mentais, escritos e resolveram situações de conflitos entre o grupo com imensa facilidade.
Percebi que o momento inicial da atividade gerou uma polêmica pois na sala, há uma diversidade cultural muito grande. Ou seja, alguns falaram: “__Professora, eu não jogo baralho pois minha religião não permite”, outros: “__Professora, quem joga baralho é 'bêbado' e vicia”.
Porém, com o relato, questionamento, debate entre outras crianças, exposições de opiniões, foram apresentados para as crianças as propostas e objetivos da brincadeira o que, os tranquilizou.
Empolgados, percebi que o jogo aconteceu da seguinte forma: Durante a brincadeira, algumas crianças queriam 'desrespeitar' as regras. Estas, eram relembradas e exigidas pelas próprias crianças do jogo. Isto é, quando alguém fugia das regras, o grupo ía até a lousa, mostrava a regra e se, houvesse dúvida, vinham me perguntar para que o jogo acontecesse da maneira decidida pela turma.
Foi muito interessante observar que rapidamente eles 'pegaram o jeito' do jogo e o jogaram com minuciosa concentração e atenção.
As demais atividades propostas em sala aconteceram de uma forma rica e sem rejeição das crianças. 
A socialização entre todos os alunos ocorreu de forma natural e respeitosa. Nesta turma há dois alunos inclusos (deficiência intelectual) e é importante ressaltar que ambos participaram significativamente do jogo em grupos. 
Foram momentos prazerosos que possibilitaram o acesso a informações e novas aprendizagens de maneira natural.
Sem dúvida, percebi que a aprendizagem é facilitada e muito, quando acontece de uma forma lúdica.
Depois destes momentos e sugestões levantadas pelas crianças, livros, pesquisas e etc, oportunizei a vivência de outros momentos como estes com novos jogos.
Enfim, foi possível verificar que os conteúdos trabalhados, principalmente nesta etapa inicial, devem ser abordados de uma forma lúdica, onde sejam apresentados desafios que envolvam o interesse das crianças. A construção do conhecimento ocorre desta e de muitas outras formas, que envolvam situações concretas, desafiadoras, socializadoras e interessantes. Sem isso, com certeza o sucesso deste conteúdo trabalhado e que muito há ainda para ser explorado, não aconteceria.





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Projeto - “A Contribuição de Contos Infantis no Processo de Formação de Crianças em Fase de Alfabetização”.


OBJETIVOS 

·          Resgatar valores e desenvolver atitudes de respeito e boa convivência por meio de histórias infantis;
·                  Possibilitar a interação, a comunicação e a expressão de ideias, através de diferentes linguagens;
·                 Desenvolver o gosto pela literatura infantil, ampliando as possibilidades de leituras em diferentes contextos.
·       Promover a interação entre as crianças, adultos e diferentes contextos a fim de desenvolver o respeito mútuo e a formação de um individuo inserido na sociedade;
·             Ampliar as possibilidades de representações simbólicas das crianças, por meio de diversas formas de expressão, tais como, a leitura, escrita, produção de desenhos, teatros e vídeos;
·                   Possibilitar momentos de fala/ desenvolvimento da linguagem em diferentes contextos, como rodas de conversas, contação de histórias, relatos, exposições, dramatizações, jogos simbólicos e etc.



DESENVOLVIMENTO

O projeto contou com uma pesquisa inicial sobre contos infantis, apresentação dos materiais e locais que foram utilizados para o desenvolvimento do mesmo.
Inicialmente, foi proposto o trabalho com cinco obras. São elas: 'Branca de Neve e os Sete Anões'; 'O Corcunda de Notre Dame'; 'Pinóquio'; 'Dois Idiotas Sentados, Cada Qual Em Seu Barril' e 'Nina e a Panela de Pressão'.
Na 1ª Etapa, o trabalho foi iniciado com a apresentação do desenho da “Branca de Neve e os Setes Anões”. Logo em seguida, realizamos uma roda de conversa a respeito do desenho apresentado e foi questionado os seguintes pontos:
·                Qual a parte do filme que você mais gostou? Por quê?
·                Qual a parte do filme que você não gostou? Por quê?
·                Quem são os personagens que você mais gostou? Por quê?
·                Quem são os personagens que você não gostou? Por quê?
Após esse diálogo, a professora montou juntamente com os alunos um gráfico elegendo o personagem que a turma mais gostou e o personagem que a turma não gostou.
Foi feito um quadro com papel cartolina e neste momento a professora  propôs que as crianças indicassem as atitudes positivas do personagem que a turma mais gostou e indicassem as atitudes negativas do personagem que a turma não gostou. Esse painel ficou exposto em sala.
Em um segundo momento a professora apresentou um jogo onde as crianças deveriam descobrir alguns personagens por meio de suas principais características. Foram confeccionados cartões descrevendo as características principais dos sete anões. Por meio de sorteio, uma criança deveria se aproximar e retirar um cartão do monte e realizar a leitura do mesmo para a turma. Foi proposto que por meio da descrição das características contidas no cartão os demais descobrissem quem era a personagem que se tratava aquele cartão, levantando suas principais características.
Quando este jogo finalizou, os cartões foram fixados em um quadro confeccionado pelas crianças com a foto e a descrição das características de cada anão.
Foi levantado o questionamento:
·               Todos os anões são iguais? Por quê?
·               E as pessoas são todas iguais? Por quê?
Depois de realizada essa conversa a professora irá propor que cada criança desenhe o anão que mais se identifica.
·               Qual é o anão que mais parece com você? Então desenhe...
Então, ela recebeu um pequeno pedaço de papel onde escreveu quais eram as características do anão escolhido que mais parecessem com as características dela mesma e depois cada criança fixou esse cartão no desenho.
Todos os desenhos foram apresentados para a turma, a fim de realizar uma reflexão a cerca do jeito de ser de cada um. Neste momento foi enfatizado sobre as diferenças e peculiaridades de cada aluno. (Nesta  turma havia um aluno autista incluso, que muitas vezes surtava e os alunos não entendiam tal comportamento).
Nas 2ª e 3ª Etapas, o trabalho foi realizado com as histórias 'Dois Idiotas Sentados, Cada Qual em Seu Barril' e 'Nina e a Panela de Pressão''. Este trabalho ocorreu seguindo as propostas anteriores.
Estas histórias tratam de temas a respeito da agressividade, raiva, revide e suas conseqüências. Trabalhamos com propostas que orientavam e ofereciam alternativas para o manejo de tais atitudes.
Utilizamos neste momento, não só a escrita, mas a produção de desenhos como canal de expressão da criança. Debatemos sobre coisas que nos deixavam irritados, calmos, alegres, tristes, medrosos... Isto porque este trabalho, oferece uma prevenção primária de lidar com diferentes emoções.
O trabalho foi enriquecido com visitas semanais a biblioteca que a escola possui para que as crianças pudessem entrar em contato e manipular outros livros, além de enriquecerem o aprendizado em um ambiente diferenciado.
Buscando inserir a família neste contexto, disponibilizamos um portfólio com fotos, atividades, papel para registro de opiniões e/ou comentários, críticas e com a história que estará sendo trabalhada naquele momento, o que possibilitará a participação e o conhecimento de atividades realizadas no ambiente escolar. Essa prática contribuiu para o acesso e incentivo a leitura, interpretação, criatividade,  e principalmente o cultivo de boas ações no envolvimento da comunidade com a escola.
Ao decorrer do desenvolvimento do projeto, selecionamos atividades que serviram como elementos motivacionais na contação de histórias, bem como outros materiais que faziam parte do mundo da imaginação da criança. Opções estas que ajudaram a desenvolver a expressão corporal e verbal.
A fim de cultivar e relembrar as diferenças e características próprias de cada personagem (crianças) produzimos um álbum personalizado com as fotos e descrição de cada um dos apresentados.
As crianças confeccionaram cartazes e murais sobre as histórias trabalhadas para serem expostos pela sala e pela escola a fim de incentivar a prática da leitura e o respeito mútuo, despertando a curiosidade dos demais alunos da unidade. Nestes murais foram expressas também atitudes de respeito para a boa convivência no ambiente escolar.
Tornando o momento da leitura mais um momento de diversão, construímos jogos e brincadeiras com os temas da literatura. Montamos jogos da memória, quebra cabeça, sete erros e outros. Todos estes, visando também a aquisição da linguagem escrita e verbal.
O projeto foi riquíssimo e possibilitou o alcance dos objetivos propostos. Além destes, a socialização e interação entre todos os alunos foi uma constante. 




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